Tarifas dos EUA sobre Canadá e México
Em 4 de março de 2025, os EUA impuseram tarifas de 25% sobre bens do Canadá e México que não cumprem as regras de origem do Acordo entre EUA, México e Canadá (USMCA), com tarifas menores de 10% para produtos energéticos e potash, citando segurança nacional devido ao tráfico de drogas e imigração ilegal. Isenções temporárias até 2 de abril de 2025 foram concedidas para bens que cumprem o USMCA.
Detalhes: Anunciado por Donald Trump em 3 de março, as tarifas visam combater o fluxo de fentanil e imigração, com atrasos de um mês para bens automotivos.
Reações: O Canadá retaliou com tarifas de 25% sobre US$155 bilhões em bens dos EUA, chamando as medidas de protecionistas. O México também considera retaliações, destacando esforços contra drogas e imigração.
Impacto Econômico: Espera-se disrupções em cadeias de suprimento, aumento de custos para consumidores e perdas de empregos, especialmente no setor automotivo, que depende do comércio transfronteiriço.
Tensões Diplomáticas: As tarifas tensionaram relações, com discussões de alto nível sem resolução até 15 de março de 2025.
Detalhe Inesperado: A isenção temporária para bens USMCA pode mitigar impactos no setor automotivo, mas gera incerteza para o futuro.
Fontes: Casa Branca: Ficha sobre Tarifas, Canadá: Anúncio de Tarifas, Reuters sobre Tarifas.
Fechamento de Programa de Direitos Humanos da ONU no Iraque
Em 11 de março de 2025, um programa da ONU para ajudar vítimas de tortura e famílias de desaparecidos no Iraque foi fechado devido ao cancelamento de financiamento pela Agência dos EUA para Desenvolvimento Internacional (USAID), parte de cortes amplos em ajuda externa sob a administração Trump.
Detalhes: O programa, gerido pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (OHCHR), oferecia suporte essencial em um país com histórico de violações, incluindo tortura e desaparecimentos durante conflitos.
Impacto: O fechamento é um revés significativo, afetando milhares de vítimas em um contexto de instabilidade política e econômica.
Reação da ONU: O Alto Comissário Volker Türk pediu mais investimentos em direitos humanos, destacando a importância de continuar o trabalho no Iraque e em outros lugares.
Contexto Mais Amplo: O Iraque enfrenta desafios para melhorar seu registro de direitos humanos, com o fechamento evidenciando a fragilidade da infraestrutura de direitos humanos.
Fontes: Reuters: Fechamento de Programas da ONU, JURIST: Cortes da USAID.
Retrocesso Global nos Direitos das Mulheres
Relatórios da ONU, como o "Women's Rights in Review 30 Years After Beijing" lançado em março de 2025, mostram que um quarto dos países relatou retrocesso nos direitos das mulheres em 2024, com destaque no Dia Internacional da Mulher em 8 de março de 2025, sob o tema "Para Todas as Mulheres e Meninas: Direitos. Igualdade. Empoderamento."
Achados Chave: O retrocesso inclui discriminação crescente, proteções legais mais fracas e menos financiamento para programas de igualdade de gênero. Uma mulher ou menina é morta a cada 10 minutos por parceiro ou familiar, com tecnologia digital espalhando estereótipos prejudiciais.
Conflito e Crise: Nos últimos 10 anos, houve aumento de 50% no número de mulheres e meninas em zonas de conflito, com defensoras enfrentando assédio e ameaças.
Protestos: Manifestações globais no Dia Internacional da Mulher pediram ação acelerada, com eventos em Tóquio, Cidade do México e outros lugares.
Chamados à Ação: A Diretora Executiva da ONU Mulheres, Sima Bahous, enfatizou a necessidade de investimento urgente, enquanto ativistas pediram priorização dos direitos das mulheres.
Fontes: UN Women: Relatório sobre Direitos das Mulheres, UN News: Retrocesso nos Direitos, CBS News: Protestos do Dia Internacional da Mulher.
Declaração de Genocídio no Sudão pelos EUA
Em 7 de janeiro de 2025, o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, declarou que as Forças de Apoio Rápido (RSF) do Sudão e milícias aliadas cometeram genocídio durante a guerra civil que começou em abril de 2023. Essa declaração marca um aumento significativo no reconhecimento internacional das atrocidades, incluindo tens de milhares de mortes, deslocamentos em massa e uma crise humanitária com mais de 30 milhões de pessoas necessitando de ajuda e 638.000 enfrentando condições de fome.
Contexto: O conflito envolve a RSF, com raízes na milícia Janjaweed acusada de genocídio em Darfur nos anos 2000, contra as Forças Armadas Sudanesas (SAF). A violência inclui assassinatos sistemáticos, violência sexual e limpeza étnica, especialmente em Darfur.
Reações: O RSF negou as acusações, chamando-as de "injustas" e sem especificidade sobre grupos ou locais afetados. Organizações de direitos humanos, como a Human Rights Watch, documentaram evidências de crimes, enquanto a ONU pediu ação imediata.
Implicações Legais: Os EUA impuseram sanções ao líder da RSF, General Mohamed Hamdan Dagalo (Hemedti), e empresas afiliadas, visando responsabilização. Até 15 de março de 2025, o conflito persiste, com desafios para acesso humanitário e implementação de medidas.
Fontes: Declaração do Departamento de Estado dos EUA, CNN sobre genocídio no Sudão, Human Rights Watch sobre crise no Sudão
Mandados de Prisão do TPI para Líderes Israelenses e do Hamas
Em 21 de novembro de 2024, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu mandados de prisão para o Primeiro-Ministro israelense Benjamin Netanyahu, o ex-Ministro da Defesa Yoav Gallant e o comandante do Hamas Mohammed Diab Ibrahim Al-Masri (Deif), por crimes de guerra e contra a humanidade relacionados ao conflito em Gaza, iniciado após ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023.
Detalhes: As acusações contra Netanyahu e Gallant incluem fome como método de guerra, ataques intencionais contra civis, extermínio e outros atos desumanos. Para Al-Masri, incluem extermínio, assassinato, tomada de reféns, estupro e tortura.
Reações: Israel rejeitou a jurisdição do TPI, chamando os mandados de "vergonhosos" e equiparando-os a uma organização terrorista, enquanto o Hamas acolheu os mandados contra israelenses, mas não comentou sobre Al-Masri. Os EUA, não membro do TPI, expressaram preocupações sobre impactos diplomáticos.
Implicações Legais: Os 124 estados membros do TPI devem prender os acusados se entrarem em seus territórios, mas a execução depende de cooperação, com possíveis resistências políticas. Os réus são presumidos inocentes até prova em contrário, com processo incluindo audiência de confirmação de acusações e possível apelação.
Conflito Atual: Até 15 de março de 2025, o conflito persiste, com os mandados adicionando complexidade às negociações de paz.
Fontes: TPI: Mandados Emitidos, UN News sobre mandados do TPI, Reuters sobre mandados